quarta-feira, 24 de agosto de 2011


Gostaria que meus filhos soubessem disso. Soubessem que, tão logo nasceram, se tornaram o sentido, a prioridade absoluta e a principal fonte de alegria de minha vida. Queria que perdoassem meus tropeços, incertezas e imprevidência. E que aceitassem meus desejos e votos a seguir como um presente singelo que, sem saber, vim fabricando até aqui a cada um de meus dias.
(...)
Tenham em mente que, cedo ou tarde, o tempo dissipa até a mais entranhada tristeza. Por isso, filhos, não se entreguem jamais à amargura. Como tudo, a dor que os colher também passará. Portanto, não percam com ela mais do que o tempo estritamente necessário. Invistam sempre mais na esperança que na desilusão. Mais na confiança que no temor. E, seja lá como for, perseverem em seus caminhos.
Aliás, filhos, a cada oportunidade que tiverem, agradeçam. A cada manhã que despertarem, pensem no fato de que todas as suas moléculas permanecem agrupadas. Que as células de seus corpos continuam funcionando como devem. Brindem por esse milagre cotidiano. Cada dia é uma dádiva – e saber vivê-lo sem lentidão nem pressa é uma arte valiosa.
Haja o que houver, lembrem-se de que carregam nas veias o mesmo sangue. Não permitam que a vida, com suas mesquinharias, atribulações e voracidade, os afaste. Poucas coisas conseguem ser tão profundas quanto o amor de um irmão. Ombro algum é mais amigo. Mantenham, em seus corações, um lugar reservado para o outro. Descubram- se, amparem-se e fortifiquem-se reciprocamente.
Sejam previdentes, mas não deixem de realizar os seus sonhos. E nunca se considerem imunes a nada. Tudo, absolutamente tudo nesta vida é possível. Alegrias extremas. As dores mais lancinantes. Agradeçam aquilo que o destino lhes reservar. Os bons momentos alegram a alma. Os ruins ajudam a lapidá-la. Ambos um dia acabam ficando para trás e cada qual traz as próprias lições. Persigam sempre o discernimento. É ele que lhes permitirá essa fotossíntese renovadora que transforma lágrimas em risos. E em luz a obscuridade.
Meus amados: vivam atentos ao que diz o coração. Ele conhece os caminhos, mesmo que desconheça o destino. Bebam do riozinho de suas vidas sem medo. Como tudo, montanhas, impérios, nosso planeta, suas águas um dia também passarão. Mas o que importa é que, agora, neste momento, elas correm bem diante de seus olhos abertos. São suas. Estão ali para que vocês, todo santo dia, possam saciar a sede. Bebam da existência, meus filhos. E, sempre que a barra da vida pesar, lembrem- se, por favor, das estrelas que já se apagaram. Reparem como elas ainda brilham no céu.

(retirado revista Claudia, autor José Ruy Gandra)

domingo, 21 de agosto de 2011

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

domingo, 14 de agosto de 2011




A cadeirinha de alimentação já tem novo dono, o Léo adorou a brincadeira.






Meus lindões...